Ter inteligência emocional representa reconhecer suas emoções e saber lidar com elas, inclusive ao seu favor. Pois ao contrário do que se pensa ter emoções não é ruim, muito pelo contrário, elas são ótimas ferramentas para formar relações interpessoais.
No ambiente de trabalho, quando você sabe administrar suas emoções não garante apenas um bom desempenho como aumenta sua influência entre colegas, líderes e clientes.
Ok, motivos não faltam e você já sabe, então vamos aprender de uma vez como ter inteligência emocional no trabalho?
Inteligência emocional no trabalho: o poder do pensamento
A teoria fisiológica das emoções assume que nossas emoções são influenciadas pelos nossos pensamentos, e não vice versa.
Parece uma ideia estranha, mas digamos que nessa perspectiva você não trema ao falar em público porque está nervosa, mas fique nervosa porque percebe que está tremendo. Nesse sentido seu corpo apenas reagiu primeiro.
Sim, não faz muito sentido. Mas não é loucura da minha cabeça e até um conceito bastante aproveitável. Quer ver na prática?
Uma situação quase estressante?
Veja você que um dia eu pedi licença do trabalho para ir empolgadamente até o correio (eles não estavam entregando) buscar alguns livros. Ao chegar na rua notei que meu pé estava sujo com algo que parecia ser sei lá, lama. E já que passei por um lugar que tinha lama, achei que era isso mesmo.
Então… inocentemente peguei o que era uma nota fiscal perdida na bolsa para limpar, e adivinha? Descobri da pior forma que aquilo não era lama, e sim o cocô de algum cachorro.
Minha mão não ficou muito cheirosa, tentei resolver com álcool gel. Só que não deu muito jeito, e meu pé ainda estava pegajoso. As coisas podiam ter parado por aí, mas não é que um antigo paquera veio me cumprimentar?
Sei que você está achando graça, só que eu estava muito desconfortável. Ficar em uma fila com cheiro de bosta de cachorro em um tempo indeciso entre chuva e sol, é no mínimo estressante.
E nos primeiros minutos de fila, eu estava xingando o universo mentalmente. Mas depois de refletir sobre a situação, lidei com ela com a maturidade que ela merecia, achei engraçada.
Então voltei para o trabalho, depois de uma ida ao banheiro (lógico), e segui com as minhas tarefas diárias.
Realmente, nem sempre podemos resolver as coisas rindo delas. Mas pense comigo, se você não consegue lidar nem com problemas pequenos do dia a dia, como vai ter inteligência emocional para lidar com o comentário infeliz de um colega de trabalho?
O que você pensa sobre o que acontece determina como você reage a isso. Muito provavelmente você não vai conseguir ponderar sua primeira reação, mas antes de dar um soco em alguém, pense “como posso ser tolerante?”
As quatro armadilhas da mente
August Cury em seu livro O código de inteligência, revela os principais códigos para ter vida mental mais saudável. Em relação a isso, o autor descreve as armadilhas da mente que atrasam de nossos objetivos. São elas:
Conformismo- “É a arte de se acomodar de não reagir e de aceitar passivamente as dificuldades psíquicas, os eventos sociais e as barreiras físicas”. No trabalho, isso se dá pela aceitação e não busca de crescimento. Muitas vezes, o conformista é uma pessoa tímida que não consegue expor o que pensa, além disso ama criar desculpas para si mesmo que lhe impedem de avançar.
Coitadismo – “O coitadismo é o conformismo potencializado capaz de aprisionar o eu para que ele não utilize ferramentas para transformar sua história”. De todas é a que mais me incomoda, pois nos impede de reagir. É como receber uma oferta e não aceitar, por achar que não sabe o suficiente.

O medo de reconhecer meus erros – Ter inteligência emocional no trabalho exige acima de tudo tolerância, inclusive com os próprios erros. É preciso saber ouvir críticas, e saber reconhecer os erros, e pior reconhecer até quando eles não existem (lambra do atendimento ao cliente?).
O medo de correr riscos – “O medo de correr riscos bloqueia a inventividade, a liberdade, a ousadia. Há inúmeras pessoas que travaram sua inteligência e enterraram seus projetos de vida pelo medo de correr riscos”. Se deseja ter algum crescimento precisa vencer esta que é a maior barreira de todas.
O primeiro passo para alcançar inteligência emocional no trabalho ou mesmo na vida pessoal é reconhecer em suas ações como as armadilhas da mente se aplicam. Então só as reconhecendo é possível lutar contra elas.
Se quer um artigo aprofundado sobre inteligência emocional baseado no livro O Código da inteligência ou de outro livro (por que não?), deixe nos comentários.
Habilidades emocionais para se desenvolver no trabalho
Não foram poucos os autores que usaram o termo inteligência emocional, mas foi o jornalista Daniel Goleman que popularizou o conceito, logo como também sua necessidade.
Em seu livro Inteligência emocional, o autor categoriza a inteligência emocional em cinco habilidades:
Autoconhecimento: Identificar as próprias emoções e sentimentos quando estes surgem. De modo que mesmo que as “armadilhas da mente” ocorram, o primeiro passo é perceber em si um certo desequilíbrio.
Controle emocional: Ser um camaleão, adequar suas emoções a situação particular.
Automotivação: Usar suas emoções para realizar seus objetivos. Exemplo: Se alguém no seu trabalho te desmotivar, prefira ficar com raiva, e use essa raiva para provar o contrário.
Reconhecimento de emoções em outras pessoas: Reconhecer as emoções dos outros e ter empatia. Às vezes o comportamento de alguém em seu trabalho pode ser resultado de problemas pessoais, tente compreender mais e julgar menos.
Habilidade em relacionamentos interpessoais: Capacidade de interagir com outras pessoas.
Como aplicar a inteligência emocional na prática ?
Falar em poder do pensamento, armadilhas da mente e até a respeito de habilidades emocionais é muito mais fácil do que aplicar.
Ter inteligência emocional demanda, sim, teoria: ler livros, assistir palestras, buscar conteúdo, como você já está fazendo! Mas… a prática é a parte vital.
E é importante compreender que desenvolver habilidades emocionais exigem mudança de comportamento.
Contudo não de personalidade, pessoas introvertidas não precisam fingir ser o que não são para aumentar laços interpessoais, e o mesmo se aplica aos mais extrovertidos.
A mudança deve ser aplicada para o seu bem e o dos outros.
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